A justiça é CEGA mais as injustiça nós VEMOS!!!


A justiça é cega. Sempre aprendi que essa “cegueira” era positiva. Não podendo distinguir entre os humildes e os poderosos, a justiça aplicava as leis de forma igualitária. Cresci vendo aquela figura da senhora com os olhos vendados, uma espada e uma balança nas mãos, como garantia de que eu seria igual a todos. Mas o mundo mudou. E aquela cegueira virtuosa transformou-se em defeito. Veja o julgamento de Suzane Von Richtofen e dos irmãos Cravinho, por exemplo. Além do circo jurídico armado pelos advogados, o que mais me indignou foi que, depois de presos e acusados, os assassinos estiveram em liberdade... E aquele desequilibrado, o Champinha, que torturou e matou o casal de namorados no Embu? Li que também pode ser posto em liberdade, pois é “de menor” e quando completar a maioridade blá,blá,blá... E o jornalista Pimenta das Neves que matou a namorada? E as dezenas de ladrões que, transformados em celebridades, circulam entre nós? Não sei você, mas eu me sinto tomando o tapa na cara cada vez que leio sobre esses assuntos. Perguntei para um amigo advogado qual é a fundamentação jurídica para essa turma andar livremente pelas ruas. Sem falar das manobras políticas e jogos de interesses, ele usou a lei para explicar o caso dos irmãos Cravinho. Os irmãos foram soltos por um aspecto técnico da lei, o benefício da liberdade provisória. Esse benefício é aplicado quando não existe ameaça às testemunhas, quando os réus são primários e quando não existe violação à ordem econômica e social. E também quando a liberdade se torna menos prejudicial ao acusado do que sua permanência na prisão por longo tempo sem julgamento. E os Cravinho, embora assassinos confessos, estavam aguardando julgamento por muito tempo sem uma sentença que amparasse a decisão. Pois é... Então reinam os advogados que se utilizam de procedimentos legais para proteger os criminosos. Quando você vê na televisão o digníssimo advogado do criminoso confesso explicando a estratégia da defesa, o que é que passa por sua cabeça, hein? Eu me pergunto se o advogado dorme tranqüilo ao deixar o assassino na rua. Me pergunto se a competência técnica é mais importante que a moral. Pô, parece que a justiça é cega! Pois é nesse cenário que temos uma anti-justiça passando à sociedade a impressão de que talvez o crime compense. Talvez valha a pena correr o risco. Talvez...não tenho certeza que nenhuma injustiça tera que leva o cidadão a ficar a magem da lei,tenho certeza que nenhuma injustiça possa vale uma boa noite tranquila e em paz com a justiça cega.
Henrique Junior Mandandobraza e Falando Francamente