
As emoções existem dentro das organizações, queiram elas ou não, isto é um fato! O que está no topo das prioridades de sua empresa? Fica evidente que as empresas perdem quando os trabalhadores estão vulneráveis às emoções negativas. Como pode atrair profissionais competentes, equilibrados e talentosos uma empresa que tem a fama de ser um lugar com um clima ruim para se trabalhar? Lidar com situações pouco saudáveis faz com que a capacidade laboral seja comprometida, além de atacar a saúde física.
Com a atual economia, é imprescindível prestar atenção nas emoções das pessoas, e, por vezes, a própria política interna da empresa não respeita o trabalhador. Quando ele se decepciona com a empresa, esse “sentimento de frustração” não desaparece de uma hora para outra. A dor emocional invade corpos e mentes – como um acidente do trabalho ameaçando a própria vida do indivíduo.
O livro Emoção no Local de Trabalho de David Ryback (Editora Cultrix - 1998) faz referência a uma brilhante opinião de Carl Rogers, Freedom to Learn “Quando ouço verdadeiramente uma pessoa e os significados que lhe são importantes naquele momento, ouvindo não apenas suas palavras, mas ela mesma, e quando demonstro que ouvi seus significados pessoais e íntimos, muitas coisas acontecem. Recebo, em primeiro lugar, um olhar agradecido. Ela se sente aliviada. Torna-se mais aberta ao processo de mudanças.” Por isso, é vital construir uma ponte de confiança, empatia e respeito com os trabalhadores e a grafologia auxilia a empresa nesse aspecto. Quando o indivíduo sente que foi ouvido, ele está mais propenso a escutar conselhos e a manter a calma diante das adversidades e o feedback grafológico, por si só, já é um instrumento motivador.
Emoções nocivas e alta pressão laboral afetam, indiscutivelmente, a saúde física, mental e emocional. As tensões destrutivas do ser humano facilitam a queda de produtividade e o desenvolvimento de doenças psicossomáticas.
A concentração do trabalhador, em parceria com estresse e pressão, geralmente comprometem o sistema imunológico do indivíduo, enfraquecendo a sua resistência e afetando seu desempenho laboral, sendo comuns as pessoas terem problemas em seus relacionamentos sociais, pois cresce o seu nível de irritabilidade e diminui a sua habilidade para se comunicar e interar de forma eficaz com a equipe. Algumas organizações são mais flexíveis e compassivas do que outras e as próprias normas e procedimentos facilitam o trabalho do líder na administração das situações difíceis com sua equipe. A grafologia, por sua vez, auxilia o trabalhador a ter consciência de suas emoções, compreenderem o comportamento de pares profissionais, líderes e subordinados, criar um clima de valorização pessoal, compreensão, com maior flexibilidade e menor rigidez. Como cada pessoa tem as suas particularidades, alguns precisam falar de seus problemas e/ou de sua dor emocional, enquanto outros preferem o trabalho árduo; por isso, o papel do líder é fundamental e quem pode ajudá-lo nessa empreitada é a grafologia. É evidente que quando o trabalhador aumenta seu autoconhecimento, é capaz de inspirar outros do grupo a cooperar e ajudar no que for preciso, principalmente se o trabalhador começa a reforçar a sua auto-estima, dando maior significado à sua própria vida; assim, será menos vulnerável a acidentes, pois começa a ser prudente em suas ações laborais. Equipes com emoções bem trabalhadas ganham suporte, apoio e conforto um do outro, pois fortalecem não só o ego, mas o elo entre o time de trabalho. A equipe, naturalmente se automotiva, começando a encontrar soluções com novas regras e mudanças.
O Líder e o Apoio à Administração das Emoções no Trabalho:
O líder paralisa sua equipe quando não cuida de forma eficaz da dor emocional de algum membro. Ele deve mostrar, em momentos difíceis, empatia, tentando ajudar a pessoa a minimizar e “cicatrizar” a sua dor e ouvir o trabalhador com compaixão; sendo assim, é mais fácil ao liderado conectar-se novamente à esperança, pois a dor traz efeitos enfraquece dores, como, por exemplo, a doença. É preciso ressaltar, também, que há uma grande diferença entre procurar ajudar de verdade uma outra pessoa e invadir, simplesmente, a sua personalidade. Ser empático é uma habilidade, porém, seja neutro em sua ajuda. Sai na frente e é inteligente quem, nos dias atuais, tem maior capacidade de ouvir. O líder deve gostar de trabalhar com pessoas e equipes e fornecer mensagens construtivas. A prestatividade cria um elo de ligação entre as pessoas e desse elo vem a lealdade. Alguns líderes comparam emoções com fraqueza, revelando falta de sensibilidade e deixando de aliviar ou, simplesmente, amortecendo as emoções negativas no ambiente laboral. Onde está o toque humano? Nesses casos, a forte tendência é a dos empregados se esforçarem pouco para concretizar as metas ou até mesmo serem capazes de trocar de emprego, aumentando o turn-over da empresa. As pessoas encontram maneiras de se proteger contra o líder abusivo. Em curto prazo, elas “agüentam”, mas em longo prazo, não. Por exemplo, a quebra de promessas, como falar que o liderado vai ser promovido e esquecer o assunto. Quer maior falta de atenção da parte do líder do que esta? O líder que carece de inteligência emocional pode fazer com que os seus empregados vejam sua insensibilidade como um ataque a suas capacidades. Hoje em dia, é fundamental manter locais de trabalho produtivos, com alto desempenho e mínimo risco de acidentes. Não temos tempo e nem devemos desconsiderar a qualidade humana.
Os líderes influenciam as atitudes de um grande número de liderados. Aquele que sabe administrar suas emoções e é empático com a equipe tem um diferencial, ou seja, uma competência especial e necessária em sua carreira. Ser empático com os liderados ajuda a restaurar a autoconfiança e suaviza a sua dor. Auxiliar companheiros de trabalho a gerenciar suas dores contribuem para uma equipe feliz. Quando as atitudes do líder, junto a políticas internas da empresa desprezam ou deixam a desejar, enfraquecem não só a defesa do grupo, mas, principalmente, o sistema imunológico do trabalhador, que não está tendo um valor especial.
“O mais importante na comunicação é ouvir o que não foi dito.”
Peter Drucker – Austríaco – Escritor e Consultor de Negócios.
O líder que sabe compreender o cenário emocional de seus liderados, além de ter vantagem competitiva em relação a seus pares de trabalho, consegue a lealdade da equipe. Não ser “indiferente” com a condição das pessoas é compartilhar emoções; é por isso que a grafologia destaca pontos individuais também dos líderes, porque de nada adianta o líder ter alta capacidade técnica e ser comprometido com as metas da empresa; ele precisa, também, saber administrar suas emoções de forma saudável, para orientar os demais e melhorar a sua própria disposição, produtividade no trabalho, se recuperar mais rapidamente de um trauma emocional e melhorar sua capacidade de tomada de decisão, pois sabemos que emoções tóxicas “turvam” a capacidade lógica de qualquer trabalhador.
Considerações Finais:
Quando não se está preparado físico, mental e emocionalmente para o trabalho a taxa de acidentes aumenta, a eficiência diminui e as pessoas ficam doentes, pois é comprovado que a mente e as emoções são duas forças que movem o corpo e que há forte relação entre este e os conflitos emocionais. A dor emocional traz sensações físicas, podendo ocasionar desconforto, agonia, desespero, etc. Não respeitar ou deixar de prestar atenção aos sentimentos e à dor emocional dos trabalhadores é fazer com que eles diminuam, sensivelmente, o seu comprometimento, desempenho eficaz com a empresa e esforço voluntário. As pessoas perdem a coragem para agir em benefício próprio, passando, rapidamente, para a negligência, inclusive consigo mesmo. Imprevistos e percalços fazem parte da nossa rotina; tolerar mudanças e saber administrá-las é fundamental. A grafologia procura fortalecer os vínculos com os colaboradores quando entende o seu modo de ser e agir, amenizando as tensões e procurando melhorar a comunicação interna da empresa. As metas devem ser claras e reais; é lógico que toda empresa visa lucro e não pode deixar de ser competitiva nos dias atuais, mas nem por isso deve deixar de “olhar” pelos trabalhadores e pelas suas necessidades. Todo ser humano deseja ser considerado, o “ouvir humano” faz toda a diferença, pois cada um processa a sua dor em tempos diferentes, uns mais rapidamente do que outros. O trabalhador que aprende – com a orientação e o respeito do líder e com o feedback grafológico - a conduzir e moderar as suas emoções na ocorrência de situações negativas, obstáculos e adversidades pode vê-las como forma de crescimento, oportunidade e elevação da maturidade psíquica e não somente como desastres, desesperos e estagnação. Com isso, eles aprendem a ser resilientes (suportam melhor as adversidades e elevam sua força interior e auto-estima), mais criativos e aprimoram sua performance laboral – pessoas assim têm a capacidade de construir experiências positivas, apesar das dificuldades. Se o trabalhador não estiver preparado para as circunstâncias negativas da vida, a dor emocional poderá ser tão forte e destruidora que é capaz de imobilizar o indivíduo.
É importante mudar e crescer interiormente. O indivíduo deve ter controle sobre sua vida, ter respeito e preocupação por si mesmo e pelo próximo, mas para isso “a pessoa só conseguirá crescer se conhecer suas limitações”, como diz Peter Senge ou como disse Sócrates: “Só é útil o conhecimento que nos torne melhores” e para isso a grafologia tem sido um instrumento muito precioso para orientar as pessoas, demonstrando o que necessita ser mudado para o trabalhador ser mais feliz, inclusive em primeiro lugar consigo mesmo.
Podemos “medir” a dor emocional de alguém? Obviamente, a resposta é não. Entretanto, a grafologia pode convencer o trabalhador a ter um comportamento seguro. Com autoconhecimento, o trabalhador aprende não só a administrar suas emoções e conhecer suas falhas, mas a encontrar novos caminhos para ser feliz, melhorar suas relações interpessoais e ser mais produtivo em sua vida profissional. Lembre-se: emoções tóxicas são prejudiciais!