FGV aponta avanços socioeconômicos do Nordeste. Ceará sai de baixíssimo para baixo desenvolvimento

A energia que vem da cana-de-açúcar. A geração de energia a partir de matrizes alternativas aparece no ranking das prioridades de diversos países quando o assunto é sustentabilidade. Isso porque já está comprovado que, com o aquecimento global, a necessidade de substituir o petróleo e carvão por fontes limpas aumenta. O Brasil é pioneiro na utilização da cana-de-açúcar para este fim e, o etanol brasileiro, álcool produzido a partir da matéria-prima, já é largamente utilizado por aqui, tanto em programas promovidos pelo governo quanto pela indústria. No País, o cultivo de cana cobre sete milhões de hectares e deve aumentar 50% até 2015. Entre as vantagens, estão o potencial energético (cada megawatt por hora de energia produzida evita que mais de meia tonelada de CO2 seja lançada na atmosfera) e o fator econômico, já que estudos indicam que o Brasil pode ganhar por ano cerca de U$$ 160 milhões com a venda de créditos de carbono. A ÚNICA é uma das entidades de estudo e pesquisa engajadas na utilização do bagaço de cana e atua em conjunto com governos internacionais pela implantação de projetos similares aos existentes no Brasil. O mercado mundial de bicombustíveis, segundo Marcos Jank, engenheiro agrônomo e presidente da UNICA, ainda está dando os seus primeiros passos nesse sentido, vide a liberalidade do mercado de combustíveis fósseis no mundo, em relação ao de combustíveis renováveis. Por isso, Jank defende a briga pela utilização da cana como matriz energética em difusão, destacando o papel brasileiro neste desafio. “O Brasil conseguiu sair na frente na corrida mundial da agroenergia, e por isso tem a responsabilidade de ajudar a convencer a humanidade sobre os benefícios ambientais do uso do etanol e da bioeletricidade, enquanto energias limpas, renováveis e sustentáveis”, lembra.