
A preocupação com o prazo para aprovação das reformas na Lei Eleitoral tem motivado várias manifestações na AL. O deputado Artur Bruno (PT), criticou ontem, durante pronunciamento na Assembléia Legislativa, o adiamento da votação do projeto de reforma eleitoral no Congresso Nacional. Ele lembrou que o último prazo para qualquer reforma na legislação eleitoral do País é até o dia 30 deste mês devido as eleições do próximo ano. Para o parlamentar, o que se está discutindo no Congresso é muito pouco, no caso se vai ter liberdade para fazer campanha na Internet e se o eleitor vai ter a comprovação do seu voto. "Isso é muito pequeno, o que estamos precisando é de uma reforma política eleitoral", enfatizou. De acordo com Bruno, os atuais congressistas tiveram dois anos e meio para realizar uma reforma político-eleitoral por completo, porém não aconteceu. "Lastimavelmente o Congresso Nacional não fará a reforma política eleitoral que a sociedade exige. O que se discute é detalhe, picuinha não é reforma eleitoral ou política", criticou. No seu entendimento, pontos mais importantes deveriam ter sido debatidos e não foram, como o financiamento público de campanha para que políticos não tenham suas campanhas financiadas por empresas que depois vão cobrar o que investiram. Outra medida também necessária, segundo o petista, é a cláusula de desempenho que limitaria o número de partidos existentes atualmente no País. Existem hoje 27 partidos, dos quais 19 têm representação no Congresso. Será que existem 27 ideologias para termos igual número de partidos? "indaga. " Hoje ter partido virou negócio, a grande maioria são legendas de aluguel", alegou, lamentando que os partidos preferem "a anarquia partidária, porque lá no Congresso Nacional é parlamentar por parlamentar e não por partido". Bruno também ponderou que a reforma política eleitoral seria a oportunidade para afastar os "corruptos e os que desviam recursos públicos" da política brasileira. A idéia, aponta o parlamentar, era que políticos condenados em qualquer instância ou com contas desaprovadas não poderiam se candidatar. O petista ainda pontuou que perdemos a oportunidade de discutir o voto distrital, que dividiria o País em vários distritos, e regiões. Ele defende que tal medida seria ideal para estabilizar a defesa das várias localidades do Brasil, pois há ausências de representações.
Diario do Nordeste