Vereadores quase trocam socos em plenário


Vitor Valim (PHS)
Roberto Mesquita (PV)
Devido à rejeição de um requerimento, os vereadores Acrísio Sena (PT) e Roberto Mesquita (PV) protagonizaram o confronto mais grave entre situação e oposição. A disputa entre os parlamentares de situação e oposição teve ontem o seu episódio mais grave desta legislatura. Um requerimento de autoria dos vereadores Roberto Mesquita (PV) e Vitor Valim (PHS), rejeitado pela Câmara, por muito pouco não provocou um confronto físico, dentro do plenário, entre o vereador Acrísio Sena (PT) e o próprio Roberto. Indignado com ataques vindos do líder da prefeita, Mesquita saiu enfurecido de sua bancada e partiu para cima do colega parlamentar. Os dois só não brigaram porque os demais vereadores intervieram. O motivo para o acirramento dos ânimos tem origem na gestão do ex-prefeito Juraci Magalhães: um contrato da Prefeitura de Fortaleza, no valor de R$ 1,71 bilhão, firmado com a construtora Marquise S/A em 2002, que outorga a concessão dos serviços de coleta de lixo na Capital. Além de ter acesso à cópia do contrato e de seus aditivos - o que já tinha sido garantido pela prefeita Luizianne Lins (PT) -, Roberto solicitava as notas fiscais referentes às faturas que o Município pagou à empresa nos últimos 24 meses. Na votação do requerimento, a base da prefeita mostrou força e não aprovou a matéria. Foram 16 votos contra e oito favoráveis. Indignado com o resultado, Roberto disparou uma sequência de ataques. ``Novamente o rolo compressor da prefeita conseguiu esconder a verdade`` e ``Relações perversas e incestuosas permeiam a Prefeitura`` foram algumas das frases ditas em plenário. Em resposta , Acrísio chamou o colega de "transtornado" e "desequilibrado". "Ninguém aqui é empregado de vossa empresa", atacou. O vereador do PV não deixou por menos: "Todo mundo sabe que quem é desequilibrado é o vereador Acrísio Sena". A reação do petista foi imediata: "O mundo até que não é tão ruim assim. Pena que é habitado por pessoas do seu porte". A frase foi o estopim para a confusão generalizada. Roberto, vermelho e ofegante, foi em direção a Acrísio, que não se intimidou e se levantou para enfrentar o parlamentar. A briga foi evitada pelos demais vereadores. Até o presidente da Câmara, Salmito Filho (PT) - que não estava presidindo a sessão - entrou no plenário para tentar acalmar os ânimos.
Matéria: Ítalo Coriolano