
Lúcio Alcântara, embora queira o PSDB em sua coligação, assegura que não negociará com Tasso Jereissati. O ex-governador assegura que, enquanto os demais partidos estiverem indecisos, o PR vai estar nas ruas. Sem disposição para aguardar uma decisão do PSDB Cearense sobre as eleições, o PR se apressa, assim como outras legendas, na tentativa de formar a chapa de oposição para disputar o Governo. Por isso, o líder dos republicanos no Ceará, ex-governador Lúcio Alcântara, admitiu, em entrevista ao Diário do Nordeste, que o partido não vai ficar esperando parado. Nós já estamos com o bloco na rua", respondeu Lúcio Alcântara ao ser questionado sobre as definições do ano eleitoral. Ele reconheceu que tem interesse de ver os tucanos na coligação, mas declarou que seu partido, assim como os demais, já estão tomando decisões. "A nossa posição independe disso", ressaltou o republicano. Mesmo querendo os tucanos por perto, o ex-governador não pretende conversar diretamente com o senador Tasso Jereissati, com quem teve um rompimento ainda em 2006. Ele prefere aguardar os resultados das conversas que Tasso vai ter, novamente, com o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR), que se diz pré-candidato pela sua legenda. Lúcio, que admitiu ter dialogado com o presidente estadual do PSDB, Marco Penaforte, disse que Roberto Pessoa terá novo encontro com Tasso Jereissati e, mesmo que não haja sucesso nas próximas reuniões, revelou que não há necessidade dele mesmo procurar o senador para tratar de eleição. "O Roberto está representando partido nessas conversas", justificou. De acordo com o ex-governador, a demora para compor uma chapa majoritária disposta a fazer oposição ao governador nas eleições deste ano faz com que Cid seja beneficiado, "pois ele está no poder". Como não viu nenhum nome disposto a se mobilizar para lançar candidato para a disputa majoritária, o PR se adiantou e vem divulgando o nome de Roberto Pessoa. Democracia Lúcio lembrou que Cid Gomes vem trabalhando na construção de um partido único, o que dificulta o processo democrático das eleições e por isso, segundo o ex-governador, é necessário se apressar para formar a chapa e lançar um candidato que possa fazer frente a Cid que já está no poder. "Eles (governistas) estão querendo formar um partido único para conseguirem vitória e nós estamos prestando serviço à população (ao lançar um nome)", explicou. O líder do PR admitiu ser arriscado para Roberto Pessoa deixar a Prefeitura de Maracanaú, uma das que mais recebe recursos no Estado, para candidatar-se ao Governo, mas tentou justificar a posição do seu correligionário: "Política não é política sem risco". Sobre as expectativas do PR no Ceará, Lúcio, que vai concorrer a uma vaga na Câmara Federal, disse que o partido pretende manter o total de cinco cadeiras que já possui em Brasília, mas quer aumentar de dois para cinco os deputados estaduais. Para isso, ele disse que seu partido vai lançar na disputa nomes como o do ex-prefeito de Morada Nova, Adler Girão e do músico Dedim Gouveia. O PR inicia hoje a quarta etapa da Caravana 22 que vai estar na Serra da Ibiapaba. Durante o evento, a sigla pretendem buscar filiados, além de apresentar seu histórico. Fonte: Diário do Nordeste