No Dia Mundial da Água, Assembléia discute tese do aquecimento global

A discussão girou em torno do uso racional da água, uma das maiores preocupações da atualidade, no Brasil e no mundo. Quase 20% da população mundial não têm acesso à água potável. 2,6 bilhões de pessoas vivem sem saneamento básico, em condições subumanas que provocam a expansão de doenças que resultam, diariamente, na morte de cerca de 6 mil pessoas, a maioria das quais crianças. O assunto foi debatido na Assembleia Legislativa, ontem, 22, no dia em que comemora-se o Dia Mundial da Água. A audiência teve como objetivo chamar a atenção da sociedade para a importância da água, bem como debater as consequências do seu mau uso. Segundo estudos divulgados em relatórios da ANA (Agência Nacional das Águas), 1,2 bi de pessoas são atingidas pela falta de água ou pela má qualidade dela. No que diz respeito ao aquecimento global, o geólogo Geraldo Luis Lima, autor do livro “A Fraude do Aquecimento Global”, fez uma palestra sobre o assunto. A discussão girou em torno do uso racional da água, uma das maiores preocupações da atualidade, no Brasil e no mundo. Obsessão Para o geólogo, não existem motivos para alarmes. Ele acredita que a tese do aquecimento é movida por interesses políticos e econômicos, que transformam um debate científico em uma obsessão mundial e uma verdadeira indústria. “Até que existe a preocupação dos políticos com ganhos eleitorais a curto prazo, porém, o movimento ambientalista é o grande culpado por esse alarmismo. As ONGs são financiadas pelos governos do Primeiro Mundo com o objetivo de obstacularizar o crescimento dos países do Terceiro Mundo”, disse, acrescentando que alguns governos injetam milhões de verbas em pesquisas para mostrar que o aquecimento global é causado pelo homem. “Isso é mais midiático, a própria imprensa divulga dessa forma”. Por conta disso, Geraldo disse que a humanidade acaba ignorando que não há qualquer evidência científica concreta que vincule os combustíveis fósseis aos aumentos de temperaturas. “E o que é emergência mundial não é mudança climática, mas sim a consequência da escassez de condições de saneamento básico”, observou, lembrando que quase metade da humanidade não tem acesso ao saneamento. No Ceará, os Modelos de Circulação Global que avaliam o impacto do aquecimento global nas chuvas indicam que, até o final deste século, haverá uma diminuição de 15% nas precipitações, caso providências não sejam tomadas imediatamente. O deputado Lula Morais disse que o Ceará tem um certo privilégio em ter políticas públicas para preservar e reservar a água, como transposição de bacias. “Mas ainda temos muitos problemas”, afirma. Por: Fabiana Maranhão