Oitenta e cinco pessoas morreram depois que um ciclone devastou a província de Bengala Ocidental, na Índia. Na Islândia, um vulcão subterrâneo entrou em erupção.Autoridades locais revisaram para 84 o número de mortos pelo ciclone que atingiu o leste da Índia na madrugada de ontem. As tempestades deixaram também 225 feridos e mais de 67 mil casas destruídas nos Estados de Bengala, Bihar e até no país vizinho, Bangladesh. Os números podem subir, e a agência Associated Press chega a mencionar 89 mortos no país asiático.Fontes oficiais nos Estados de Bengala Ocidental, Bihar e Assam afirmaram que um total de 82 pessoas morreram e outras duas morreram em Bangladesh, totalizando 84.Indiano conserta telhado de casa danificada por ciclone; ao menos 84 morreram e 67 mil casas foram destruídas ."Muitas vítimas morreram esmagadas pelo desabamento de suas casas", disse Srikumar Mujerjee, ministro da Defesa civil de Bengala Ocidental. A tempestade aconteceu na noite desta terça-feira no distrito bengali de Dinajpur, com ventos de até 125 km/h que arrastaram grandes quantidades de areia.Mais tarde, o ciclone se deslocou até os distritos de Araria e Purnia, no estado vizinho de Bihar.O vento derrubou milhares de árvores e bloqueou as principais vias de tráfego, rompeu postes elétricos e linhas de comunicação e destruiu mais de 50 mil imóveis.O inspetor da polícia do norte de Bengala, Kundan Lal Tamta, expressou à agência "Ians" seu temor de que "muita gente esteja sob árvores caídas e casas arrasadas". O ministro de Defesa Civil bengali, Srikumar Mukherjee, explicou à agência indiana "PTI" que a tempestade aconteceu quando os cidadãos já estavam dormindo e que os danos foram consideráveis porque a maioria de casas que foram derrubadas foram construídas com barro.Mukherjee descreveu a situação como "muito grave", pois teme que milhares de pessoas tenham ficado sem suas casas.Não há energia elétrica e os sistemas de telefonia fixa e móvel não funcionam, dificultando ainda mais a busca por informações.Cerca de 700 pessoas foram retiradas nesta quarta-feira do sul da Islândia devido aos sinais de uma segunda erupção de um vulcão sob a geleira Eyjafjallajokull, informou a televisão pública islandesa Rúv.A retirada aconteceu após terem sido detectados vários pequenos tremores e emissões de gás de uma cratera a cerca de 200 metros sob o gelo da geleira de Eyjafjallajokull, nas últimas horas.Os caminhos adjacentes tiveram tráfego bloqueado pelas autoridades, que enviaram à zona helicópteros de reconhecimento.A Autoridade de Defesa Civil da Islândia alertou que o derretimento do gelo pode causar inundações de um rio próximo, cujo nível já subiu 84 cm.
A erupção do vizinho vulcão Fimmvorduhals, situado próximo à geleira de Eyjafjälla, já tinha provocado há três semanas a retirada de mais de 600 moradores e o fechamento temporário do tráfego aéreo e rodoviário. A atividade do vulcão só cessou completamente na segunda-feira passada (12). A Islândia é uma ilha formada pela atividade vulcânica e ainda conta com vários vulcões subterrâneos ativos. O mais conhecido é o Hekla, que entrou em erupção pela última vez há dez anos.Cientistas têm monitorado a geleira Eyjafjallajokull, adormecida desde 1821, para sinais de atividade sísmica, mas disse que houve pouco alerta antes da última atividade.