Aliados surpreendem os deputados do PSDB Antes de os tucanos chegarem com a CPI do Castelão, a fila já não permitia mais que ela fosse prioridade. O deputado Heitor Férrer (PDT) deu entrada ontem, na Assembléia Legislativa, no seu pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a licitação de reforma do Estádio do Castelão. Contudo a base do Governo na Casa foi mais rápida e protocolou, antes das 10 horas da manhã, mais dois pedidos de CPI, uma para investigar o narcotráfico e outra destinada a averiguara a pirataria no Estado. Agora são quatro pedidos de CPI tramitando na Casa. Quem entrou na frente com o pedido de CPI tem preferência na fila para a tramitação, que inclui a análise da procuradoria da Casa. Em abril deste ano, o líder do PSDB na Assembléia, deputado João Jaime, entrou com um pedido de CPI para investigar a situação da saúde pública no município de Fortaleza e na Região Metropolitana, que ainda está tramitando. Como Heitor Férrer deu entrada em seu pedido por volta de 11 horas da manhã, as duas solicitações de CPI que partiram da base governista, uma de autoria do deputado Edson Silva (PSB e outra do vice-líder do Governo, deputado Roberto Cláudio (PSB), têm prioridade e serão primeiramente analisadas pela Procuradoria da Assembléia para avaliar se são ou não pertinente. Surpreso O governador Cid Gomes (PSB), em campanha, na manhã de ontem, disse que estava surpreso com o fato de a bancada do PSDB assinar um pedido de CPI sobre as obras do Castelão porque é um partido que o apoiava até bem pouco tempo. Considera natural o lançamento de uma candidatura, mas mudar rapidamente de uma situação de apoio para oposição radical estranha. Mas CPI é um assunto da Assembléia que tem o seu regimento e deve observá-lo. "Eu tenho absoluta tranqüilidade de que no caso do Castelão tudo que nós queremos é assegurar a mais ampla concorrência e conseguir fazer a obra com tranqüilidade, com empresa que tenha nome no mercado e não vá deixar a gente no meio do caminho e pelo menor preço. Antes de protocolar seu requerimento pedindo a CPI, Heitor Férrer se pronunciou justificando a sua decisão. Os deputados Edson Silva e Roberto Cláudio também falaram sobre seus pedidos de CPI, mas depois que deram entrada nos requerimentos, surpreendendo aos tucanos e o restante do plenário. PRESSÃO E ESPERTEZA Outros pedidos impedem a instalação Os tucanos pressionaram uma parte da bancada na Assembléia para assinar o pedido de instalação da CPI, inclusive com a ameaça de o partido não pedir o registro das candidaturas daqueles deputados que deixassem de assinar o requerimento do deputado Heitor Férrer (PDT), para a investigação das denúncias de irregularidades na licitação da reforma do Estádio Castelão, para a Copa do Mundo de 2014. A reunião da direção do PSDB com os deputados estaduais do partido foi marcada para o final da tarde da última segunda-feira, poucas horas antes de o partido entregar ao Tribunal Regional Eleitoral, o pedido de registro dos seus candidatos. Os deputados contrários à instalação da CPI sabiam do que estava acontecendo e não tiveram outra alternativa, embora protestassem contra a decisão do partido. Téo Menezes, Osmar Baquit, Professor Teodoro e Nenem Coêlho foram os que questionaram a decisão. Manobra O deputado Júlio César que não é mais candidato sequer foi ao encontro dos tucanos. Ele já havia demonstrado sua insatisfação com o rompimento do PSDB com o Governo em outra oportunidade, quando, inclusive foi instado a ser candidato a deputado federal, para ajudar a candidatura do seu substituto na política e aos demais postulantes da agremiação. A base aliada do Governo, ontem mesmo articulou a criação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito - CPIs para inviabilizar a instalação daquela que os tucanos apoiaram. Segundo o Regimento Interno da Assembléia, no máximo, apenas duas CPIs podem funcionar ao mesmo tempo no Legislativo estadual. E como só ontem, antes que fosse protocolado o pedido de investigação para a reforma do Estádio Castelão, três pedidos de investigação tenham sido registrados no protocolo daquela Casa legislativa, esta terá que ficar aguardando o funcionamento das três primeiras que, até o fim deste ano, seguramente, não terão sido concluídas. A manifestação do deputado Heitor Férrer, ao pedir a instalação da CPI do Castelão, acabou servindo apenas para que os tucanos ganhassem espaço no noticiário político local, além de enquadrar, pelo menos até o registro das candidaturas, alguns dos seus deputados que continuarão apoiando e votando com o atual Governo. Diario do NordesteCOMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO Aliados surpreendem os deputados do PSDB
Aliados surpreendem os deputados do PSDB Antes de os tucanos chegarem com a CPI do Castelão, a fila já não permitia mais que ela fosse prioridade. O deputado Heitor Férrer (PDT) deu entrada ontem, na Assembléia Legislativa, no seu pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a licitação de reforma do Estádio do Castelão. Contudo a base do Governo na Casa foi mais rápida e protocolou, antes das 10 horas da manhã, mais dois pedidos de CPI, uma para investigar o narcotráfico e outra destinada a averiguara a pirataria no Estado. Agora são quatro pedidos de CPI tramitando na Casa. Quem entrou na frente com o pedido de CPI tem preferência na fila para a tramitação, que inclui a análise da procuradoria da Casa. Em abril deste ano, o líder do PSDB na Assembléia, deputado João Jaime, entrou com um pedido de CPI para investigar a situação da saúde pública no município de Fortaleza e na Região Metropolitana, que ainda está tramitando. Como Heitor Férrer deu entrada em seu pedido por volta de 11 horas da manhã, as duas solicitações de CPI que partiram da base governista, uma de autoria do deputado Edson Silva (PSB e outra do vice-líder do Governo, deputado Roberto Cláudio (PSB), têm prioridade e serão primeiramente analisadas pela Procuradoria da Assembléia para avaliar se são ou não pertinente. Surpreso O governador Cid Gomes (PSB), em campanha, na manhã de ontem, disse que estava surpreso com o fato de a bancada do PSDB assinar um pedido de CPI sobre as obras do Castelão porque é um partido que o apoiava até bem pouco tempo. Considera natural o lançamento de uma candidatura, mas mudar rapidamente de uma situação de apoio para oposição radical estranha. Mas CPI é um assunto da Assembléia que tem o seu regimento e deve observá-lo. "Eu tenho absoluta tranqüilidade de que no caso do Castelão tudo que nós queremos é assegurar a mais ampla concorrência e conseguir fazer a obra com tranqüilidade, com empresa que tenha nome no mercado e não vá deixar a gente no meio do caminho e pelo menor preço. Antes de protocolar seu requerimento pedindo a CPI, Heitor Férrer se pronunciou justificando a sua decisão. Os deputados Edson Silva e Roberto Cláudio também falaram sobre seus pedidos de CPI, mas depois que deram entrada nos requerimentos, surpreendendo aos tucanos e o restante do plenário. PRESSÃO E ESPERTEZA Outros pedidos impedem a instalação Os tucanos pressionaram uma parte da bancada na Assembléia para assinar o pedido de instalação da CPI, inclusive com a ameaça de o partido não pedir o registro das candidaturas daqueles deputados que deixassem de assinar o requerimento do deputado Heitor Férrer (PDT), para a investigação das denúncias de irregularidades na licitação da reforma do Estádio Castelão, para a Copa do Mundo de 2014. A reunião da direção do PSDB com os deputados estaduais do partido foi marcada para o final da tarde da última segunda-feira, poucas horas antes de o partido entregar ao Tribunal Regional Eleitoral, o pedido de registro dos seus candidatos. Os deputados contrários à instalação da CPI sabiam do que estava acontecendo e não tiveram outra alternativa, embora protestassem contra a decisão do partido. Téo Menezes, Osmar Baquit, Professor Teodoro e Nenem Coêlho foram os que questionaram a decisão. Manobra O deputado Júlio César que não é mais candidato sequer foi ao encontro dos tucanos. Ele já havia demonstrado sua insatisfação com o rompimento do PSDB com o Governo em outra oportunidade, quando, inclusive foi instado a ser candidato a deputado federal, para ajudar a candidatura do seu substituto na política e aos demais postulantes da agremiação. A base aliada do Governo, ontem mesmo articulou a criação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito - CPIs para inviabilizar a instalação daquela que os tucanos apoiaram. Segundo o Regimento Interno da Assembléia, no máximo, apenas duas CPIs podem funcionar ao mesmo tempo no Legislativo estadual. E como só ontem, antes que fosse protocolado o pedido de investigação para a reforma do Estádio Castelão, três pedidos de investigação tenham sido registrados no protocolo daquela Casa legislativa, esta terá que ficar aguardando o funcionamento das três primeiras que, até o fim deste ano, seguramente, não terão sido concluídas. A manifestação do deputado Heitor Férrer, ao pedir a instalação da CPI do Castelão, acabou servindo apenas para que os tucanos ganhassem espaço no noticiário político local, além de enquadrar, pelo menos até o registro das candidaturas, alguns dos seus deputados que continuarão apoiando e votando com o atual Governo. Diario do Nordeste
