Quase duzentos gatos, em meio a um concerto ensurdecedor de miados e um cheiro terrível! Foi dessa forma que o serviço veterinário sueco encontrou a casa de uma estranha família nas proximidades de Estocolmo, reportou nesta terça-feira o diário Aftonbladet. A família de quatro pessoas, uma mulher de 60 anos, sua mãe, a irmã e seu filho, viviam com 191 gatos em Botkyrka, a 25 km ao sudoeste de Estocolmo. "Havia um fedor terrível de amoníaco que deixava o ar irrespirável", explicou ao jornal Marie Lundin, uma veterinária dos serviços sociais da cidade. Os serviços sociais descreveram as condições como indignas com corpos de gatos ao sol, outros doentes ou machucados e caixas de areias cheias de excrementos. Apenas 18 gatos estavam em condições de serem transferidos para um abrigo especializado. Os outros 173 tiveram que ser sacrificados. A lei sueca proíbe a posse de mais de nove gatos. "Essas pessoas amam muito os animais e têm bom coração. Elas pensam que podem cuidar de todos, mas não estamos de acordo", explicou ao Aftonbladet, Karina Burlin dos serviços sociais da capital sueca. O jornal publicou relatados anteriores de promiscuidade com animais, como o caso da senhora que vivia até 2007 com 11 cisnes em seu pequeno apartamento em Estocolmo, ou ainda o do homem que tinha 21 cães em um apartamento de três cômodos em Gävle, no centro da Suécia. Redação: Bárbara Forte.