
Durante cerimônia de inauguração da primeira etapa do Projeto de Urbanização do Núcleo Naval, em Diadema (SP), o presidente Lula disse que o mandatário deve ter sempre em mente que tudo aquilo que é feito no governo tem por objetivo central atender à demanda da população. Lula explicou que, por este motivo, realizou em oito anos de governo 70 conferências nacionais quando foram apresentadas diversas sugestões a serem implementadas no período. A última foi a Conferência das Cidades, onde a gente ouve o que a gente quer e o que a gente não quer, onde os companheiros e as companheiras falam a verdade, e a gente, por ser presidente, não tem que ficar ofendido porque alguém está dizendo que a coisa não está boa. A gente tem é que saber se é verdade ou não o que a pessoa está falando, e a gente trabalhar para corrigir e fazer as coisas corretas. É assim. Ser presidente não é ter profissão; ser presidente é apenas exercer uma função com o mandato determinado. Portanto, quem manda na gente é o povo e a gente precisa apenas obedecê-lo e cumprir. O presidente iniciou o discursos contando para a plateia sobre sua alegria de estar em Diadema. Conforme explicou, no final dos anos 1960 circulava pelas ruas daquele município que tinha apenas uma via asfaltada. Naquela ocasião, como diretor do Sindicatos do Metalúrgicos do ABC paulista, ele entregava panfletos e, nos dias de chuva, não conseguia chegar na porta da fábrica por causa do lamaçal. A relação com o município foi intensificada nos anos 1980, quando o Partido dos Trabalhadores (PT) "ganhou pela primeira vez o direito de governar uma cidade no Brasil - e foi na cidade de Diadema que nós ganhamos –, que nós nunca mais deixamos de governar Diadema". Depois, Lula lembrou os tempos difíceis vividos naquela região para explicar que a situação atual no município, inclusive com a inauguração da urbanização do Núcleo Naval. Eu fui agora visitar aquela casa bonita ali, aquela casa tem 50 metros, ou seja, tem 20 metros a mais do que a minha casa, e morávamos eu, Marisa e três filhos. E ainda, nas greves de 78, estava cheio de companheiros do Sindicato que iam em casa. Às vezes, a gente levantava o pé para matar uma barata e não conseguia colocar o pé no lugar porque já tinha o pé de outra pessoa ocupando o pé da gente. Fonte: Blog do Planalto.