Censo 2010 poderá ser respondido pela internet

O Censo Demográfico de 2010 vai utilizar pela primeira vez formulários on-line para que a população possa enviar respostas aos recenseadores pela internet. Quando os funcionários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiverem dificuldade em localizar moradores de determinados domicílios, eles enviarão questionários virtuais aos entrevistados. O IBGE começa no dia 1º de agosto a realizar Censo deste ano, com o objetivo de coletar dados em cerca de 58 milhões de domicílios em 5.565 municípios do país. Como vai funcionar? - Os funcionários do Censo vão expedir um código de acesso vinculado aos domicílios cujos moradores não puderem recebê-los no momento e o entrevistado terá dez dias para responder. Caso o recenseador não receba resposta, ligará para o morador lembrando-o do compromisso. Depois da advertência, se permanecer sem retorno, voltará à casa para preencher as respostas presencialmente. Pela internet, o questionário poderá ser respondido aos poucos, sendo salvo a cada atualização. Dessa forma as informações vão, paulatinamente, entrando para o sistema de dados do IBGE. Mas para que o formulário seja considerado válido, algumas questões básicas, como idade e sexo, precisarão ser respondidas no primeiro acesso. "Fizemos testes e não apuramos nenhuma distorção dos resultados na entrevista presencial ou pela internet. Por isso, achamos que não vamos ter problemas com isso", disse a coordenadora operacional de censos do IBGE, Maria Vilma Garcia. A internet também será aliada no Censo 2010 em outro aspecto: o uso da rede será tema de perguntas do formulário. Outras mudanças - Para alcançar um maior número de domicílios, sobretudo em áreas carentes, o IBGE pretende contratar recenseadores que morem próximo aos locais de trabalho. Só município do Rio, por exemplo, das mais de 6.000 vagas, 1.353 são em favelas ou no entorno delas. "Vamos ter postos de inscrições nesses locais para que os moradores tenham preferência. Em 2000 fizemos só nas grandes comunidades, mas agora a gente está fazendo em praticamente todas as favelas e comunidades", afirma Vima. Os recenseadores que trabalham nas áreas de classe média e média-alta, onde a entrada nos domicílios é muitas vezes recusada pelos moradores, por medo de golpes, também terão novidades. Para tentar melhorar o acesso a esses locais, reuniões serão feitas com associações de moradores, câmaras comunitárias, administradoras de imóveis e síndicos de condomínios para que eles preparem moradores para a chegada dos funcionários. Extraído veja aqui.