Lúcio ataca Cid e defende ex-superintendente do Dnit

Ex-governador do Estado e um dos principais candidatos de oposição ao Governo Cid Gomes (PSB) na disputa deste ano, Lúcio Alcântara (PR), em entrevista ao programa Coletiva, da TV O POVO, que foi ao ar na noite de ontem, demonstrou confiança no superintendente afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Estado do Ceará (Dnit-CE), Guedes Neto, indicado ao cargo por seu partido e com a sua “concordância”, mas que foi0 preso pela Polícia Federal no último dia 5, por suspeitas de desvios de recursos em obras públicas. Para Lúcio, Guedes Neto “é uma pessoa séria e correta”, que vai esclarecer “tudo isso”. “É meu amigo, foi uma indicação do partido com a minha concordância, e foi meu secretário (de Esportes)”. A operação “Mão Dupla” da PF constatou um esquema de fraudes no Dnit-CE envolvendo servidores e gestores do órgão, e estima que o prejuízo chegue a R$ 5 milhões. Guedes Neto foi solto no dia 12. Lúcio também aproveitou a entrevista para criticar o Governo Cid, especialmente na segurança pública. “O governo [Cid] se apoiou na questão da segurança, agora ele é refém do que prometeu”, disse o candidato. Para Lúcio, o programa Ronda do Quarteirão “fracassou” e piorou a relação entre as polícias Civil e Militar. “Já havia problema de relacionamento da Polícia Civil com a Polícia Militar, e agora nós temos uma terceira polícia, (...) com diferenças de viaturas e salários”. Na opinião de Lúcio, “o que o governo quis fazer foi outdoors volantes”. Contudo, apesar das críticas, o candidato do PR disse que “não acabaria com o Ronda, mas o reformularia”. Lúcio também condenou o relacionamento entre os poderes Executivo e Legislativo na atual gestão que, segundo ele, cerceia o trabalho do parlamentar de legislar e fiscalizar. “Não vou querer reproduzir um sistema, onde havia, até pouco tempo, dois deputados de oposição”. Sobre sua motivação para essa eleição, o candidato do PR disse participar do pleito por “responsabilidade política”. “Queriam fazer em Fortaleza o que fizeram em Sobral várias vezes: um clã, uma oligarquia”, disse, em referência à família Ferreira Gomes. No entanto, fez questão de dizer que sua candidatura não é apenas “para marcar posição”. “Estou com a expectativa de que vai haver segundo turno. Extraído Jornal O Povo.