O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, ficou em 0,83% em novembro. Esse é o maior índice mensal desde abril de 2005. A taxa é superior às registradas em outubro (0,75%) e em novembro de 2009 (0,41%). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, a inflação medida pelo IPCA chega a 5,25%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de 5,63%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de um a seis salários mínimos, registrou variação de 1,03% em novembro. Em outubro, a taxa havia sido de 0,92%. Nos últimos 12 meses, o INPC acumula alta de 6,08%. A alta do IPCA, mais uma vez, foi motivada pelo grupo Alimentação e Bebidas, cujos preços aceleraram ainda mais, passando de 1,89% em outubro para 2,22% em novembro. Com isto, o impacto dos alimentos no resultado do mês chegou a 0,51 ponto percentual, o que significa que o grupo respondeu por 61% do índice. O mês de novembro caracterizou-se pela maior taxa do grupo Alimentação e Bebidas desde dezembro de 2002, quando a alta foi de 3,91%. Carne o consumidor passou a pagar, em média, 10,67% a mais por um quilo de carne, cujos preços já registram aumento da ordem de 26,79% neste ano de 2010. O item carnes teve a maior contribuição individual do mês: 0,25 ponto percentual, tomando conta de 30% do índice do mês. A carne-seca ficou 7,05% mais cara em novembro e 18,48% no ano. O frango passou a custar 3,35% a mais, registrando alta de 9,42% no ano. Outros alimentos continuaram apresentando fortes aumentos de preço, como o açúcar cristal, que passou para 8,57% em novembro, ao passo que o refinado foi para 6,52%. Alguns produtos alimentícios ficaram mais baratos, com destaque para o feijão carioca. Após a forte subida de 31,42% concentrada no mês de outubro, fazendo acumular alta de 109,78% até aquele mês, em novembro os preços vieram em queda. O quilo do feijão carioca ficou 6,64% mais barato em relação a outubro. Mesmo assim, considerando o preço do quilo, quase dobrou comparado a dezembro de 2009 e está 95,85% mais caro. Tomate (-3,84%), arroz (-1,22%) e cebola (-3,95%) também apresentaram preços em queda. Não alimentícios nos não alimentícios a variação foi 0,41% em novembro, a mesma de outubro, embora a maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados tenha apresentado alta de um mês para o outro. A variação do grupo Transporte foi bem mais reduzida (0,13%), destacando-se a queda nas passagens aéreas (-1,26%) e no seguro voluntário para veículos (-7,37%), além da redução no ritmo de crescimento de preços dos combustíveis (0,95%). O etanol desacelerou para 2,97%, levando a gasolina para 0,81%. O grupo Artigos de Residência (-0,12%) mostrou queda de um mês para o outro, puxado pelos preços dos itens eletrodomésticos (-0,92%), TV, Som e Informática (-2,43%), além de desaceleração de outros, a exemplo do mobiliário (0,75%).Outros serviços. Em contraposição à queda destes dois grupos, os demais subiram. Aluguel (1,05%), condomínio (0,88%) e energia elétrica (0,48%) foram responsáveis pelo aumento das despesas da categoria Habitação (0,57%). Quanto à energia elétrica, o aumento médio de 0,48% nas contas, refletiu parte do reajuste de 2,0% incidente sobre as tarifas de uma das empresas que abastece a região metropolitana do Rio de Janeiro, em vigor desde o dia 7 de novembro. Extraído Bandnews.