Educação Ceará melhora mas segue entre os 10 piores do País

Pelos parâmetros do Programa de Avaliação Internacional de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), os estudantes do Ceará melhoraram, desde 2006. Mas o desempenho dos estudantes segue como um dos 10 piores do País. Os estudantes do Ceará melhoraram em leitura, matemática e ciências desde 2006. Mas não o suficiente para alcançar a média do Brasil no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês). O desempenho do Estado no sistema de avaliação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) está entre os 10 piores do País, com 376 pontos de média geral das provas voltadas para adolescentes de 15 anos. A média geral do País, englobando as provas de leitura, matemática e ciências, foi de 401 em 2009. De três em três anos, o Pisa é aplicado em cerca de 70 países, membros ou parceiros da OCDE. Os resultados do ano passado foram divulgados ontem. No Nordeste, o Ceará fica com a quarta maior média global. A melhor notícia vem da nota de ciências, onde houve um crescimento de 18 pontos em relação a 2006. A pontuação é a segunda maior entre os estados nordestinos, superada somente pela Paraíba. Em leitura, o Ceará ficou com 381 pontos, enquanto a média nacional foi de 412. Já em Matemática, o Estado caiu no ranking de pontuação no Nordeste em comparação com a avaliação anterior. De quarta maior nota, passou para quinta. A secretária da Educação do Estado, Izolda Cela, destacou, por meio de nota, que o Ceará teve um crescimento na média equivalente ao do Brasil, de 16 pontos entre 2006 e 2009. Em ciências, cresceu três pontos a mais do que a média nacional. “Isto manteve, praticamente, a mesma posição com relação à média brasileira. E uma leve melhora com relação ao ranking dos estados. Em 2006, o Ceará estava na 21ª posição”, acrescenta. Apesar de reconhecer que, para quem está abaixo da média nacional, os esforços de melhoria precisam ser dobrados, a secretária fez ressalvas ao Pisa, por direcionar-se a estudantes nascidos em 1993, independente da série que cursam, e por favorecer os países e sistemas educacionais onde os alunos dessa idade já estão em etapas equivalentes ao ensino médio. “Inclusive porque o objetivo tem um foco especial nas competências para resolver situações do mundo do trabalho”. Segundo ela, os resultados tendem a ser mais comprometidos na região Nordeste porque verificam-se altos índices de distorção na rede pública e, “praticamente, 50% desta população (nascida em 1993) ainda se encontra no ensino fundamental”.ENTENDA A NOTÍCIA O Pisa avalia estudantes de 15 anos dos países membros da OCDE e de países parceiros, como o Brasil. Para a organização, melhorias no desempenho no Pisa indicam melhorias futuras para a economia dos países. O Brasil quer alcançar a média da OCDE em 2021.
As piores médias do País no Pisa 2009
1. Alagoas – 354
2. Maranhão – 355
3. Rio Grande do Norte – 371
4. Amazonas – 371
5. Acre – 371
6. Sergipe – 372
7. Piauí – 374
8. Ceará – 376
9. Roraima – 376
10. Pará – 376

As melhores pontuações no Nordeste:
1. Paraíba - 385
2. Bahia - 382
3. Pernambuco - 381
4. Ceará 376
5. Piauí 374
6. Sergipe 372
7. Rio Grande do Norte 371
8. Maranhão 355
9. Alagoas 354
O Ceará no Pisa (2006 - 2009)
* Média geral
2006 - 361
2009 - 376
Brasil evoluiu de 385 para 401 no mesmo período.

* Leitura:
2006: 366
2009: 381 (15 pontos a mais)

No Brasil, a pontuação cresceu mais, de 395 para 412, 17 pontos a mais.

* Matemática
2006: 349
2009: 361 (12 pontos a mais)
No Brasil, a pontuação cresceu mais: 16 pontos, de 370 para 386.

* Ciências:
2006: 367
2009: 385 (18 pontos a mais)
No Brasil, a pontuação cresceu 15 pontos, de 390 para 405.

Em 2006:
O Ceará era o 7º do Nordeste na pontuação de leitura, 3º em matemática e 4º em ciências.
Em 2009:
O Ceará fica em 5º do Nordeste em leitura e matemática e 2º em ciências. Extraído do Jornal o Povo.