O PRESIDENTE DO INSTITUTO AGROPOLOS DR. LEONILDO PEIXOTO DESTACA IMPORTANCIA DE O PROJETO ATER PARA SEMIÁRIDO.

As atividades aconteceram na casa Murmúrio da natureza, na cidade de Meruoca. Agricultores familiares beneficiários do ATER Semiárido, nos municípios de Nova Russas, Monsenhor Tabosa, Tamboril, Sobral, Massapê e Forquilha, participaram nos dias, 4 e 5 de abril da avaliação final das ações do projeto. O encontro foi realizado na casa Murmúrio da natureza, localizado na cidade de Meruoca. Cerca de 32 agricultores familiares participaram da atividade. Eles fazem parte dos 630 agricultores atendidos pelo projeto. O Ater Semiárido teve como meta a prestação de serviços em Assistência Técnica e Extensão Rural, com recorte à segurança alimentar e nutricional, transição agroecologica e convivência com o semiárido. Este trabalho é uma parceria do Instituto Agropolos e Ministério do Desenvolvimento Agrário-MDA. “Acreditamos que as coisas aconteceram conforme as metas planejadas”, destaca Ludmilla Béliche, coordenadora de Ater no Instituto Agropolos. A técnica ainda destaca como os resultados foram alcançados por meio das atividades realizadas: “visitas para orientação técnica, reuniões, cursos, intercâmbios, foram todos ricos em informações – teoria e prática”, concluiu. O presidente do Instituto Agropolos, Leonildo Peixoto, salientou a importância do projeto e da parceria junto ao MDA. “Uma grande experiência adquirida pelo instituto, frente ao desafio a outros projetos de assistência técnica rural que estão por vir. Mas, não podemos esquecer-nos do nosso objetivo principal, contribuir na melhoria e qualidade de vida dos agricultores familiares do estado do Ceará”, completou o presidente.
Indicadores do Ater Semiárido:
  • 630 Agricultores familiares atendidos;
  • 630 diagnósticos das unidades de produção familiar, levantando informações sobre os potenciais e dificuldades da propriedade e da família de cada beneficiário;
  • Planejamento participativo, com a presença de 630 agricultores familiares em 06 municípios;
  • Realização de 1890 visitas técnicas de 2h cada, todas focadas nas temáticas do projeto e na realidade de cada propriedade;
  • 70 reuniões de 4h cada, sobre as temáticas: credito rural, credito fundiário, PAA, PNAE, agricultura orgânica, ovinocaprinocultura, apicultura, biodiesel, convivência com o semiárido, reserva alimentar, entre outros;
  • 13 cursos de 16h cada, sobre: galinha caipira, sanidade animal, reserva alimentar e agricultura orgânica;
  • 03 oficinas de 8h cada, com as temáticas: galinha caipira, ovinocaprinocultura e praticas de convivência com o semiárido;
  • 03 intercâmbios rurais de 8h cada, com recorte na fruticultura irrigada, agricultura orgânica e ovinocaprinocultura;
  • 01 encontro de avaliação final do projeto ATER Semiárido, com duração de 16 horas e participação de 32 beneficiários.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Instituto Agropolos do Ceará.

Nilma Lino Gomes Nova Reitora Da Unilab Redenção

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, nomeou os novos dirigentes da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), com sede em Redenção (Região Metropolitana de Fortaleza). A educadora Nilma Lino Gomes vai assumir o cargo de reitora da Unilab e o economista Fernando Afonso Ferreira Junior, atual pró-reitor de Planejamento, ficará à frente da vice-reitoria. A posse de Nilma Gomes ocorrerá na próxima segunda-feira, no MEC, em Brasília. Já Fernando Afonso será empossado terça-feira, pela nova reitora, no Campus da Liberdade, em Redenção. O atual reitor da Unilab, Paulo Speller, vai deixar o cargo para assumir a Secretaria da Educação Superior (Sesu) do Ministério da Educação. Nilma Gomes possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais (1988), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1994), doutorado em Ciências Sociais (Antropologia Social) pela Universidade de São Paulo (2002) e pós-doutorado em Sociologia pela Universidade de Coimbra – Portugal (2006). Atualmente é professora associada do Departamento de Administração Escolar da Universidade Federal de Minas Gerais, Bolsista de Produtividade/CNPq, coordenadora-geral do Programa Ações Afirmativas na UFMG e do NERA – Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Ações Afirmativas.  É conselheria do Conselho Nacional do Educação, onde integra a Câmara de Educação Básica. Tem experiência na área de Educação e Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana, atuando principalmente nos seguintes temas: organização escolar, formação de professores para a diversidade étnico-racial, movimentos sociais e educação, relações raciais, diversidade cultural e gênero.

Município de Redenção Comemora Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra


Nesta terça-feira (25), é celebrado o Dia Nacional do Zumbi e da Consciência Negra, que marca anualmente a morte do líder negro Zumbi dos Palmares. Apesar de a celebração ter sido oficializada pela presidente Dilma Rousseff em 2011, cada cidade pode decidir se decreta ou não feriado na data. O Dia da Consciência Negra existe desde janeiro de 2003, pela lei nº 10.639, que também tornou obrigatório o ensino sobre história e cultura afro-brasileira. Em 2011, o que a presidente Dilma sancionou foi uma lei instituindo o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, afim de lembrar o assassinato de Zumbi, em 1695, que morreu por lutar contra a escravidão dos negros no Brasil. De acordo com Mônica Oliveira, diretora de programas da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, este dia serve como um dos pontos de uma "valorização da população negra". "Com a lei de 2003, esta valorização já era pontuada e, agora, com a lembrança da morte do líder Zumbi, ela ganha mais força." Mônica explica também que o fato de ser ou não feriado nas cidades não altera muito a simbologia do dia. "A importância de se valorizar a população negra e lembrar a importância da resistência de Zumbi frente à escravidão não pode ser reduzida a ser ou não ser feriado em alguma cidade. A questão é muito mais ampla." Tanto a lei de 2003 quanto o decreto de Dilma Rousseff, em 2011, deixam a critério de cada município decidir se o dia 20 de novembro será feriado ou ponto facultativo, por isso ele não se enquadra na lista de feriados nacionais. No último mês de cada ano, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão divulga uma lista com os feriados nacionais do ano seguinte.

É sempre bom lembrar: não há nada mais político do que criticar a política

A insatisfação é tema antigo na política, e ressoa à tão remotos tempos quanto o problema da corrupção, que já na República de Platão era descrita como sintoma da degeneração das formas de governo. Para situar o problema, pode-se dizer que a expressão de insatisfação e desconfiança com a política deu voz tanto a liberais quanto a democratas. Enquanto o objetivo de vantagem da desconfiança para os liberais estava em proteger o indivíduo dos impedimentos que lhe imporia a autoridade política seja em Montesquieu, Madison ou mesmo Benjamin Constant, e a desconfiança era relativa ao poder popular pela possibilidade de equívocos, houve relutância perante a instalação do sufrágio universal. A leitura democrática, por seu lado, conduziu a desconfiança no sentido de velar para que o poder eleito se mantivesse fiel aos seus compromissos, tentando encontrar os meios que permitissem manter a exigência inicial de um serviço por um bem comum.

Insatisfação quanto ao poder pode ser democrática? Se há uma compreensão de que o conflito de ideias e concepções de mundo faz parte do jogo, sim. Foi de Antonio Gramsci, em seu primeiro caderno redigido no cárcere, a ressalva de que diferenças sociais se refletem na linguagem comum, pois linguagem também pode ser entendida como cultura e filosofia ( ainda que à nível do senso comum). A insatisfação faz parte da linguagem política em uso no Brasil; muitas vezes este tema chega aos nossos ouvidos no esteio de processos ligados apenas a certos homens em particular, a alguns momentos da vida pública ou a alguns setores da vida social.

Neste mesmo caminho a pauta de discussão da política no Brasil se volta para uma perspectiva de moralização da atividade política, considerando que os atores políticos estão completamente descolados da sociedade que os abriga. Seria realmente possível tal diagnóstico? Reside apenas nas pessoas dos atores políticos, a culpabilidade pela ressaltada morosidade ou inabilidade das instituições brasileiras? Devemos pensar sobre para onde nos leva a idéia de que a mudança política advém da simples moralização da atividade política. Esta perspectiva parece adiar a discussão dos temas que de fato modificariam a estrutura política em atuação.

E isso remete também a diagnósticos que trazem tons elitistas ao debate, ao considerar politicamente melhor isolar as perspectivas do social e do político. É possível prevenir perenes perspectivas demofóbicas, que guardam a política para alguns, se consideramos o campo da política como algo mais amplo que a política institucionalizada ou os políticos institucionalizados. Isto requer embates por romper com as imagens que apresentam o termo político sem nenhum envolvimento com o caráter geral da vida humana.

Por outro lado, parece indiscutível que o debate sobre a corrupção é uma dentre várias formas do movimentar-se da sociedade brasileira. A liberdade de expressar opinião para todos os que desejem e para tanto se organizem é um dos preceitos salutares e democráticos por definição. Para além do debate sobre a insatisfação com a corrupção, é preciso discutir as formas como a insatisfação política, em geral, vem sendo canalizada. E ao falar isso, em absoluto, não pretende-se referendar movimentos ou partidos “apolíticos”. É sempre bom lembrar: não há nada mais político do que criticar a política e as instituições representativas em funcionamento em uma sociedade. Em jogo está a concepção de mundo que se deseja, e não apenas a administração dele, como sugerem alguns.

Discutir a insatisfação política, de forma democrática e sem isolar o social e o político significa olhar com lentes minuciosas para as muitas formas de representação da sociedade civil, da representação de interesses, da representação de identidades ou, a maneira como nossa sociedade vem tomando forma política. Isto significa que além do momento eleitoral, e seus representantes, coexistem mecanismos não diretamente ligados ao sufrágio universal a insatisfação, o não querer se associar a política tal qual se conhece e ainda assim legítimos e com possíveis impactos democráticos. Era de Moses Finley a observação de que, se a mudança política ainda figura como possibilidade, é possível o entendimento de que se faz parte de uma comunidade.

Henrique Junior de Morais

Presidente PSL de Redenção