
A corrupção afeta a qualidade da educação e a assistência aos educando, pois, os desvios desmotivam os professores, subtraem recursos da merenda e do material escolar, prejudicam o desenvolvimento intelectual e cultural das crianças e as condenam a uma vida mais limitada no futuro.
A corrupção compromete também os recursos para a saúde, o bem estar dos cidadãos, encurtando as suas vidas e os condenando a doenças que poderiam ser facilmente curadas e tratadas. O desvio de recursos públicos, pelos prejuízos que provoca, deveria ser equiparado ao crime hediondo, pois compromete a vida dos cidadãos de hoje e das crianças, que são o futuro do país, condenando a nação ao subdesenvolvimento econômico crônico. Por isso, o combate à corrupção deve estar na pauta diária dos cidadãos que têm espírito público e que sonham com um país melhor para seus filhos e netos. Os que compartilham da corrupção ativa ou passivamente, ou dela se servem de alguma forma, devem ser responsabilizados não só, civil e criminalmente, pelos danos que provocam, mas também, eticamente, pois, ao admitirem a corrupção, ela passa a ser aceita como um fato natural no dia-a-dia da vida pública ou admissível, como normal, no cotidiano da sociedade. Não se deve aceitar que a corrupção faça parte da cultura nacional. O combate à corrupção deve, portanto, constituir-se em uma agenda de todo cidadão e de todos os grupos organizados que trabalham pelo desenvolvimento do país e querem construir uma sociedade justa e solidária. Dificilmente um projeto social prospera em um ambiente onde predomina a corrupção, pois ele acaba sofrendo os efeitos da mesma, e as suas ações se perdem e se diluem na desesperança. De que adianta uma sociedade organizada ajudar na canalização de esforços e recursos para um projeto social ou cultural de uma cidade se o poder público municipal, que é o responsável por esses projetos, está corrompido pelo desvio do dinheiro público.