
A polícia peruana desmantelou um grupo criminoso que actuava numa floresta remota matando pessoas para lhes extrair a gordura. Essa gordura depois era vendida na capital do Perú, Lima, que depois era traficada no mercado negro europeu de cosméticos. E o impressionante desta porra de actividade, é que o cabecilha deste grupo já matava pessoas há mais de 30 anos!!! Pessoas eram decapitadas no interior da selva e depois era-lhes tirada toda a gordura para venda. Dois suspeitos foram detidos na posse de garrafões de gordura humana e indicaram que valem US$ 15,000 por litro! A polícia peruana apresentou os dois garrafões e um corpo de uma vítima do grupo, um homem com 27 anos, já mortinho da silva. O corpo foi descoberto com a colaboração de um dos suspeitos, no vale de Huallaga, local onde se planta cocaína. Por isso mesmo, o grupo nunca tinha sido descoberto já que desaparecimentos são comuns na zona pois ali actuam os últimos resistentes da guerrilha Sendero Luminoso, bem violenta, e grupos vários de narcotraficantes, conhecidos por serem impiedosos. “Pela quantidade de gordura que comercializaram, podemos indicar que são muitas as vítimas”, afirmou Eusebio Félix Murga, chefe da Direcção de Investigação Criminal da polícia peruana. “Los Pishtacos” levavam as vítimas ao engano para locais ermos, onde as matavam e decapitavam, levando depois os corpos para laboratórios caseiros de extracção de gordura. O suspeito detido contou que depois de matar as vítimas, o gangue cumpria um ritual. Uma mulher cortava as cabeças das vítimas. Depois eram removidos os braços, pernas e orgãos. Depois, penduravam o tórax e colocavam velas acesas por baixo do corpo. Assim, à medida que a carne aquecia, a gordura que derretia pingava para tubos próprios colocados debaixo do corpo que depois ia parar aos garrafões. O gangue foi baptizado pela polícia de “Los Pishtacos” que tem origem na palavra “pishtay”, que significa “cortar em pedaços”. Os “pishtacos” fazem parte das lendas do Perú na era anterior à chegada dos espanhóis. Eram grupos criminosos que assaltavam e matavam indigentes, comendo-lhes a carne e vendendo a gordura. Estes grupos podiam ainda enterrar as pessoas com vida, para fecundar as terras ou dar maior solidez às construções. Mas acerca do grupo detido, este trabalhava nas províncias de Pasco e Huánuco, onde foram dadas como desaparecidas mais de 60 pessoas. Os 3 suspeitos detidos confessaram estar envolvidos em 5 homicídios mas julga-se que foram muitas dezenas. Seis suspeitos estão ainda a monte e Hilario Cudena, de 56 anos, o cabecilha do grupo, diz que mata pessoas para lhes tirar gordura há mais de 30 anos. A polícia conseguiu desmantelar o grupo após quatro meses de investigação infiltrada. Após terem recebido informação do tráfico de gordura humana que vinha do meio da selva, tiveram de se infiltrar, obter amostras, analisar em laboratório para, no fim, apanharem os criminosos. Os peritos não acreditam na existência de um grande mercado negro de venda de gordura humana. Um dermatologista da Universidade de Yale que esse mercado pode existir mas tinha de ser limitado já que no tratamento de rugas, por exemplo, a gordura utilizada é extraída de outras partes do corpo do próprio paciente. Um cirurgião plástico da Universidade da Virgínia, Estados Unidos, considera também improvável haver mercado negro de gordura humana: Fonte Veja
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