Às voltas com a necessidade de reeleger-se para o Senado, Tasso Jereissati (PSDB) negocia no Ceará um acordo com o governador Cid Gomes (PSB). Irmão do multicandidato Ciro Gomes (PSB), velho aliado de Tasso, Cid tenta empurrar o senador tucano para dentro de sua chapa reeleitoral. Um problema para José Serra, que ficaria sem um palanque no Ceará. O de Cid está reservado para Dilma Rousseff e, talvez, para Ciro. Um problema também para PT e PMDB, que esperavam indicar os dois candidatos a senador na chapa de Cid. O nome do PT é José Pimentel, ministro da Previdência. O do PMDB, Eunício Oliveira, deputado e ex-ministro das Comunicações. Prevalecendo Tasso, um dos dois Pimentel ou Eunício vai sobrar. Abespinhado, o petismo cearense já fala até em lançar candidato próprio. Presidente Estadual do PT, a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, descarta a hipótese de freqüentar o mesmo palanque de Tasso. Luizianne avisa: “Se for o caso, acho que o partido tem outros nomes para cumprir essa tarefa [de disputar o governo]”. Há cerca de dois meses, reunido com Tasso em São Paulo, Serra encarecera ao senador que concorresse, ele próprio, ao governo cearense. Tasso refugara o apelo. Mas comprometera-se a providenciar um candidato tucano. Dissera que empinaria o nome de um empresário. Na última sexta-feira, numa aparição na cidade cearense de Sobral, berço da família Gomes, Tasso parecia bem distante do senador de dois meses atrás. Em conversa com repórteres, Tasso recobriu Cid Gomes de elogios. Inquirido, disse que o governador do PSB merece ser reeleito. Rendido às conveniências regionais de seu cacique cearense, o PSDB nacional parece já se ter conformado. Integrante do grupo de Aécio Neves, o secretário-geral do PSDB, deputado Rodrigo de Castro (MG), declarou: “Nós seguiremos o que o Tasso decidir. Ele é a liderança cearense”. Pobre Serra. Fonte: Blog do Josias: